Rosa dos ventos que bate e voa Palavras que feitas para rimar atuam Ventos que vive e que me impeça que morra Atores que estão aqui para cantar lutam Quero correr o palco é infinito Mostro minha face feliz mostro minha face triste Faço um teatro sobre todo meu íntimo Conto uma palavra que voa e insiste O palco é infinito como o amor O palco é infinito como o céu O palco é infinito como a dor O palco é a vida de um ser O palco é a vida dum ator dum cantor O palco é viver ou morrer
24.3.09
O inanimado falante
É inevitável a comoção
A santidade é ululante
A ignorância é uma bênção
Um ser inanimado porém falante.
Resolvi me adequar a massa e ligar a televisão. O noticiário passava no momento que a tecla "power" entrou em uso. Notei algo peculiar; o passado já não é o futuro e o futuro já não lembra o passado, o quão óbvio isto seria? Não sei, porém vejo que as notícias são verdades ululantes. Estamos em guerra! Tiros! Tiros! Explosões! NÃO! ela não está no Iraque. NÃO! ela não está no Afeganistão ou em qualquer outro país do Oriente Médio. A guerra que eu falo é meramente televisiva. No Brasil há grandes emissoras televisivas do qual fazem um trabalho muito competente e podem estar na classificação de primeiro poder. Estas emissoras vivem em paz até que o diabo chamado IBOPE entre em ação, este IBOPE age como um Bufão Shakespeariano, joga uma poção nos olhos e nas notícias fazendo-as caluniosas. Infelizmente os únicos mortos nesta guerra midialesca somos nós medíocres telespectadores que esperamos a verdade e ao invés disto vemos apenas uma emissora falando mal da outra.
Fora do ar
Como um pássaro
Aprenda a voar
Ou compre um carro
O controle tremeu em minha mão, ouvia sua súplica: "aperte o power e vá ler um livro". Não, não o fiz, resolvi zapear este mundo de informações. A televisão tem seu relógio. De manhã podemos assistir os programas de culinária, os desenhos animados, os programas de variedade e os programas de fofoca. Quando chega o meio-dia temos telejornais. De tarde voltamos aos programas de fofoca (que tornara uma forma estranha de fazer jornalismo) e aos filmes do qual juramos ter assistido algumas milhares de vezes. Terminamos a noite com a sessão novelesca, reality shows e os últimos telejornais.
Antenas no meu coração
Gravo a imagem em minha retina
Mudei de canal, mudei de emoção
Declarei a minha morte repentina
Ao desligar aquela caixinha de surpresas o silêncio retornou aos meus tímpanos. Não estara infectado com a alegria que contagia os milhares de sorriso sColgateanos que podemos ver por ai, me senti desolado ao ver que o mundo está à um botão e este botão pode destruir-lo.
17.3.09
Dias e dias
Depois de tanto tempo, ainda sim continuo vendo o tempo passar. Olhei hoje para o céu e ví nuvens negras, logo depois choveu... Falo muito sobre chuva (demasiadamente) creio que tal coisa, seja o que for, ainda sim passa longe de ser apenas água que cai do céu.
Subestimei as pontas de cigarro que cobrem o chão numa segunda-feira. Hoje é Quarta, não é uma data a se comemorar (meio da semana) porém ainda sim ao olhar para trás vejo o tempo que passou. A cidade ainda vive na meia-noite, os murmúrios sagrados que soam como cochichos ou mantras. Tudo é perigoso (até nossa própria sombra) tudo nos dá medo, isso é a madrugada lá fora. O celular toca, eu atendo:
- Alô?
- Queria dizer que te amo!
- Eu também - desligo o telefone satisfeito, o dia quinze deste mês (caiu num domingo) fora maravilhoso.
Terça-Feira é o dia neutro, o mundo para para assistir alguma comédia televisiva.
Depois de vários feriados (tudo indica que Quinta- Feira será mais um) ainda não me sinto revigorado, o cansaço ainda me têm como uma possessão, caio e durmo sempre que posso. Sexta- Feira, esta não será 13 mas ainda é cabalística. Gatos Pretos viajam nos muros e cantam seus versos em formas de miados, seria um soneto? Sábado é o dia da música e Domingo é o dia do amor.
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