15.7.09

FORA DO AR

ESTOU FORA DO AR, OU SEJA, SEM ATUALIZAÇÕES POR UNS TEMPOS.

22.6.09

Acredita no fim do mundo? Podemos estar tão próximos assim do fim e mesmo assim nada fazemos para mudar nosso destino. Deviamos mudar mesmo de coordenada? Buscar algo novo? Seria tudo uma ilusão? O mundo pode acabar a qualquer momento. Uma guerra, uma nova revolução, um desastre natural. O calendário Maia termina no dia 21 de dezembro de 2012. Bem, há muito tempo que ouço histórias sobre o fim do mundo, cada uma melhor do que a outra para um filme da Disney. Em 1998 foi Nostradamus que entrou no jogo falando que o mundo chegaria ao fim. Ano passado Issac Newton fez uma previsão que a Terra dura até 2050, agora esta dos Maias. Se o mundo acabar sairemos no lucro. ... Só passando para não perder a prática.

12.6.09

Acordo...

Caminhei pela noite procurando chegar até o dia. O dia? Quase como uma ilusão fantástica criada por minha mente para me fazer continuar andando. Escrevi em algumas páginas perdidas por aí um breve resumo sobre o que ví nos meus passos; descobri que ando muito, olho pouco. Entrei em algumas igrejas não para rezar e sim para assistir aos outros rezando. Ajoelhados ao chão em murmurios religiosos. O dia chegou, quis me refugiar nas trevas da noite, impossível! Quando se busca algo, quando se encontra algo perde-se a graça em breves instantes. Encontrei o dia e tão breve me enjoei do mesmo! No sol escaldante de um meio-dia, com rua deserta e tudo mais, não havia abrigo para minha alma cansada, minha epopéia sobre a confusão de meus pensamentos permanecia Camoniana ou Dantesca... Entra a tarde e a hora do silêncio, quando todos dormem e se refugiam, andar até o alaranjado do entardercer é belíssimo, o sol morre ao Oeste, ao Leste esta sua mãe pronta para lhe dar a luz. O dia se apaga lentamente, as feras metálicas acendem seus faróis e se preparam para o Rush diário, o vai e vem dos carros com seus ocupantes querendo chegar em casa antes da novela das oito. O engarrafamento é evidente. O ciclo se fecha, tenho medo da noite por seu mistério, tenho medo do dia por sua claridade, tenho medo da tarde pelo seu silêncio... Acordo, são 03:00 da manha, ainda é noite.

29.5.09

Noticias...

No sábado, sexto dia de toda semana, o céu fora ameaçador em mandar chuva ou não. caminhei pelas águas de Maio e naveguei com meu bote imaginário em meio a casas construídas no interior de rios e lagos fazendo assim seus ocupantes perderem o nada que possuíam. Não falarei novamente de chuvas, muito menos de sóis. Em meio a tanta turbulencia destes dias que passam (olhe para lá uma guerra pode estourar!) nós estamos sobrevoando bem rápido porém diretamente para baixo, fico procupado, andam testando bombas demais. O porco sumiu, notaram? A gripe suína, ou gripe A, ou seja lá o nome bonitinho que puseram sumiu por mais que em notas curtas vemos pessoas que não conhecemos morrerem por tal enfermidade... Ah se fosse em um assalto ou sequestro... Quantas pessoas morrem por dia? E quantas nascem? Será a ordem universal? Qual será nosso amanha? Enfim, em meio a tantas coisas estamos nós denovo por aqui, ouvindo, vendo, lendo, falando e reclamando como bom sul-americano. Como fera ferida Lutar guerra perdida Sem causa nem efeito Sem retorno a um leito Quando e como iremos QUando voltamos assim? Amanha, o que seremos? Quanto falta para o fim?

19.5.09

Soneto do trabalhador

Nas ruas sujas da cidade grande Nas mãos sujas dos meninos de rua Não importa por onde ande Nem quantos buracos você pula Nos ônibus que pegamos Em pé indo e voltando Um pai-nosso rezado quando chegamos Um café rápido e ir saindo A carne que dói em torno de mais um dia Os problemas surgem sem pedir para entrar O sol que se põe, a noite que tardia! O trabalho massante por um pequeno salário O suor do rosto que faz o pão de cada dia O fim do dia, o fim do calvário

A criança da criança

Estou parado na porta de minha loja quando uma garota de no máximo 15 anos me pergunta: - Tio, onde fica a Praça da Bandeira? - não deixo de notar que ela carrega uma barriga de uns 7 ou oito meses de gravidez. Seus olhos grandes me observam ainda na espera de uma resposta a questão que fez. - Vá reto, a primeira praça - ela não agradece, apenas anda pelo caminho que apontei. Observo ela se distânciar até sumir de minha vista. Seus ombros magros, e costas arqueadas pelo peso da barriga, notei que a única coisa mais "cheinha" que seu corpo tinha era a barriga que carregava seu filho. Uma das coisas que mais gosto no local que trabalho é o tempo ocioso que tenho, uso-o para ler e observar e ao observar sempre faço isso parado na porta da loja. Algo sempre me chamara a atenção; vejo muitas vezes garotas grávidas perambulando pelo centro da cidade, uma com as mães, outra com as amigas, outras sozinhas. Noto algumas com o uniforme escolar, outras com um sorriso no rosto mesmo arcando uma preocupação nas costas. Vejo as mães levarem as filhas segurando-as pela mão, andando pela rua, pedindo informação. - Senhor - ela dirige-se a mim - onde fica a Praça da Bandeira? - Por ali - a garota me olha, pareciam ser da classe média, olhinhos castanhos, cabelos levemente loiros, barriga de uns 8 meses. Me assombra o número de garotas grávidas que passeiam pelo centro. Mães sem preparo para ser mães, crianças cuidando de crianças. - Mamãe, estou grávida - diz a garota aos prantos, 16 anos, a barriga ululava em seu corpo. - O que filha!? - a mãe com os olhos brilhando de raiva e angústia - seu pai não pode saber! - Não posso saber o que? - diz o pai pegando todos com uma surpresa telenovelística. - Pai, estou grávida! - diz a filha ignorando o pedido da mãe de esconder do pai. - Filha? - pai da um tapa no rosto de sua filha e começa a chamar a garota de puta, diz que não tem mais filha e ela deve ir embora. A mãe abraça a filha e todos choram. Três meses depois todos esqueceram e esperam ansiosos a chegada da criança. - Ahn, onde fica a Praça da Bandeira? - diz a moça segurando a mão de uma criança que tinha outra criança na barriga. - Por ali, vá reto - aponto o caminho. Tudo isso parece um sensacionalismo banal. Gostaria que fosse apenas uma estória e não uma história. Eu queria tanta coisa... As crianças nascem, as mães cuidam ou até as crianças que a geraram cuidam tambem. Daí estas crianças talvez cresçam e gerem outras crianças e assim caminha a humanidade - Moço, onde fica a Praça da Bandeira? - Ali, só ir reto.

13.5.09

Espaços Vazios

Ao quebrar barreiras contundentes do mal e do bem digamos que o ser humano evoluí. Ao quebrar as barreiras do pensamento o ser humano pode-se dizer que cria coisas novas, mesmo preso na mesmice da rotina. O homem destrói o que não ententende. O homem tranforma em piada o que não compreende. Como palhaços pulantes nós seres humanos fazemos o humor e a tragédia como os únicos sentimentos. Duas lágrimas, duas dores. O homem se mistura a máquina. Acordar, comer, trabalhar, reproduzir, dormir. O programa é feito, a vida é escrita; rotina 2.0 é a regra do jogo. Nasce o homem Nasce o menino Nasce a mulher Nasce a menina Condenado a mesma rotina Condenada a mesma rotina Morre o homem Morre o menino Morre a mulher Morre a menina Deixara para trás aquela rotina Deixara para trás tudo que tinha - Mãe, olhe para o céu, céu laranja com cores vibrantes. Não há nuvens e o sol se põe no horizonte. Gostaria de dizer ao mundo quem eu sou, gostaria de dizer ao infinito que sou um mero mortal. Mãe olhe lá o céu azul escuro chegando, quase como um prelúdio do fim, quem vem neste mar tão negro e nefasto! Quem vem? Seu filho chora quando assiste na teletela os malés do mundo, seu filho tem um coração! eis-o, mostro a tí quem sou e o que bate dentro de meu peito esquerdo! Olhe para lá! Anoitece, os dias que passaram são pedaços de história qual não recordamos. Completamos os sentidos com novas mentiras, mentiras que interssam a mim e a tí por não serem só mentiras e sim falsas verdades. - Mãe o mundo acaba e começa todos os dias.

3.5.09

O reino do preto-branco

Onde os pássaros não chegam É onde mora a tristeza Onde não há beleza Onde os sonhos não se almeijam Os namorados não se beijam E o dia enfim é infeliz Onde os pássaros não chegam O sol tambem não chega E não importa o que vejam Nem o que sejam Toda visão será puramente cega Tanto aqui quanto há uma légua Onde os pássaros não chegam Não há música Felicidade não semeiam Ouve-se o silêncio e a súplica Tal mundo é sombrio Pois é um eterno Frio Onde os pássaos não chegam Mal existe vida Não existe amor Os olhos se fecham Por uma brisa temida No reino do preto-branco não há cor

20.4.09

Olhos

Já sentiu que está sendo observado? Que há milhares de olhinhos curiosos olhando para você neste exato momento. George Orwell, escritor americano, em seu livro 1984 é dito que em tal época estariamos sob os olhos de um governo, sendo vigiados 24 horas por dia por onde você andar... - Você deveria estar sorrindo, só por precaução. Vivemos numa era que o individual é meio que inexistente, seus segredos bombam em blogs e páginas de relacionamento, alguns dos mesmos sites você pode atualizar em tempo real o que você está fazendo. A internet dês de seu nascimento fora uma rede para transmitir informação, infelizmente não há um filtro que separe o que é útil e o que não é útil. Somos bombardeados diariamente com toneladas e toneladas de coisas sem fundamento, temos que agir como uma "navalha de Occam" e eliminar o que não nos serve. É quase como uma vaidade inveterável ser observado pelos olhos digitais. Postamos nossas bizarrices em redes com videos on-line (como o YouTube por exemplo). Hoje o anônimo é apenas uma palavra perdida dentre tantas sem utilidade, hoje todos podem mostrar sua face numa rede sem limites. - Quem desligará a internet? Hoje se tem a gravação de tudo, tragédias ou comédias tudo está gravado e lançado na internet como um imenso palco para o cinegrafista amador. Estamos vigiados 24 horas por nós mesmos, todos esperando uma falha para que a internet seja o veículo de ridicularização em massa. O ego humano de bisbilhotar vem em êxtase com a invenção dos Reality Shows onde pessoas desconhecidas que não parecem com nós vivem a vida que muita gente pede a Deus antes de rezar, o show da realidade nada mais é que pessoas correndo atrás de batatas para comer-las. Creio que o verdadeiro reality show seja sobreviver em meio da cidade grande com um salário mínimo e péssimas condições de trabalho, sem leis, sem amparo, sem esperança de que um dia tenha a tão sonhada mudança. O big brother está de olho em você.

19.4.09

Ampulheta

Sabe, a importância de certas coisas nas nossas vidas são bem estranhas. Não, não estou tentando dar uma de Algusto Cury ou coisa parecida mas andei notando que certas coisas que fazemos ou não fazemos podem alterar o curso de tudo o que planejamos. Planejar é preciso? Onde você estará daqui à dez minutos? No exato momento chove lá fora, imagino as pessoas que não tem abrigo da mesma chuva. Não são mais águas de Março (estamos em Abril). Sabe, um homem estava deitado num banco na praça central, todos passavam por ele, imaginavam que era um bêbado qualquer ali embreagado, imaginavam que era um mendigo, um sem teto, um desocupado, um qualquer. Três dias depois decobriram que o homem estava morto, descobriram porque ele fedia, descobriram seu cadáver pelo motivo óbvio: - Todo ser humano fede. Deixando a anarquia... Sabe, o amor ainda existe? Pergunto isso como alguém que pede esmolas, ali perdido. As vezes pergunto-me sobre a existência do amor; Aristóteles dizia que o coração era a casa do pensamento e como o amor fazia parte do pensamento então o amor estava no coração. Aristóteles errou, mas seu erro é hoje um dos símbolos mais famosos que indica amor, o coração. O coração... Houve um tempo que o homem ouvia a si mesmo atravéz da igreja, daí o homem descobriu-se surdo até a sí mesmo e abandonou a igreja, daí o homem começou a ouvir a sí mesmo e se perguntava se era Deus, não era a sua semelhança e imagem? Ao ouvir a sí mesmo o homem passou a perguntar a pensar a duvidar. Suas perguntas não tinham respostas e o homem se tornou uma obsessão para solucionar suas grandiosas dúvidas. - Todas as perguntas tem várias respostas do qual uma delas gerará mais três dúvidas. Onde você estará daqui a dez minutos? Sabe, você pode morrer a qualquer momento, não tememos isso pois nossa rotina é uma espécie de analgésico para tal medo mas amanha pode ser o último dia do mundo. Você ainda terá dez minutos?

2.4.09

O medo e o espelho

As palavras se repetem em um gélido sibilar O medo que sai da garganta se prende ao sentido O verbo conjugado está na ação do falar No presente, voar e ter a sensação de nunca ter partido E no escuro do canto da alma Nos olhos frios da noite Fim de festa, bate palma O vento uiva aos montes Nas palavras me perco É madrugada e não sei o que fazer Deste inteiro todo, tenho um terço O medo não existe mas teimo em temer Me olho e imagino um infinito, finito Minha alma cheira vinho tinto Cambaleio e caio nos meus pensamentos inconsequentes Sei que quando olho no espelho digo "tu mentes" Dou um sorriso Olho o fim O fim chega Lentamente, assim...

Em terra de cego é rei quem tem uma solução...

Antes da poesia tenho que comentar... Hoje foi o encontro do G-20. Apenas alguns marcianos não sabiam que este encontro iria acontecer. O G-20 é a reunião das 20 nações com melhores economias e ideias do nosso querido globo terrestre. O palco da peça fora Londres que teve como plateia uma onda furiosa de ataques e protestos contra o grupo do G-20. O roteiro da peça fora o lógico: "Crise mundial, como evitar". Lembra o título de encontros no estilo Alcoolicos anônimos ou Câncer intestinal. - "Alcoolicos Anônimos - Parar e rejuvenescer" - "Câncer pancreático - Ao céu vivos" - "Crise mundial - como evitar" Voltando a crise, todos se reuniram para tentar uma solução, catar os caquinhos e recomeçar a criar um planeta já então devastado pela poluição. Acho incrível como uma crise pode "abafar" casos como o do efeito estufa, posso estar enganado mas creio que o assunto não foi citado em tal reunião da liga da justiça. Meu querido presidente Luís Inácio Lula da Silva diz que a crise é um barco furado, temos que tirar a água do barco e concertar o casco, porém ele esqueceu que para concertar um casco furado é necessário atracar o navio em terra bem firme, na crise todos estão em alto mar e sim o navio está furado. Não sou um critico do Lula, gosto de algumas ações e critico outras como todo cidadão brasileiro deve (ou deveria) fazer. Obama cumprimenta Luís Inácio, sua mão está fria por causa do Ar condicionado ligado no máximo, infelizmente o aquecimento global não será pauta. - Esse é o cara, adoro este cara! - diz Obama a Kevin Rudd, primeiro-ministro da Austrália, enquanto cumprimentava o presidente Luís Inácio - Esse é o politico mais popular da Terra! - O mais popular de longo mandado - diz Rudd ao cumprimentar Luís Inácio. - É porque ele é boa pinta - Obama diz estendendo seu largo sorriso americano do norte.

24.3.09

O inanimado falante

É inevitável a comoção A santidade é ululante A ignorância é uma bênção Um ser inanimado porém falante. Resolvi me adequar a massa e ligar a televisão. O noticiário passava no momento que a tecla "power" entrou em uso. Notei algo peculiar; o passado já não é o futuro e o futuro já não lembra o passado, o quão óbvio isto seria? Não sei, porém vejo que as notícias são verdades ululantes. Estamos em guerra! Tiros! Tiros! Explosões! NÃO! ela não está no Iraque. NÃO! ela não está no Afeganistão ou em qualquer outro país do Oriente Médio. A guerra que eu falo é meramente televisiva. No Brasil há grandes emissoras televisivas do qual fazem um trabalho muito competente e podem estar na classificação de primeiro poder. Estas emissoras vivem em paz até que o diabo chamado IBOPE entre em ação, este IBOPE age como um Bufão Shakespeariano, joga uma poção nos olhos e nas notícias fazendo-as caluniosas. Infelizmente os únicos mortos nesta guerra midialesca somos nós medíocres telespectadores que esperamos a verdade e ao invés disto vemos apenas uma emissora falando mal da outra. Fora do ar Como um pássaro Aprenda a voar Ou compre um carro O controle tremeu em minha mão, ouvia sua súplica: "aperte o power e vá ler um livro". Não, não o fiz, resolvi zapear este mundo de informações. A televisão tem seu relógio. De manhã podemos assistir os programas de culinária, os desenhos animados, os programas de variedade e os programas de fofoca. Quando chega o meio-dia temos telejornais. De tarde voltamos aos programas de fofoca (que tornara uma forma estranha de fazer jornalismo) e aos filmes do qual juramos ter assistido algumas milhares de vezes. Terminamos a noite com a sessão novelesca, reality shows e os últimos telejornais. Antenas no meu coração Gravo a imagem em minha retina Mudei de canal, mudei de emoção Declarei a minha morte repentina Ao desligar aquela caixinha de surpresas o silêncio retornou aos meus tímpanos. Não estara infectado com a alegria que contagia os milhares de sorriso sColgateanos que podemos ver por ai, me senti desolado ao ver que o mundo está à um botão e este botão pode destruir-lo.

17.3.09

Dias e dias

Depois de tanto tempo, ainda sim continuo vendo o tempo passar. Olhei hoje para o céu e ví nuvens negras, logo depois choveu... Falo muito sobre chuva (demasiadamente) creio que tal coisa, seja o que for, ainda sim passa longe de ser apenas água que cai do céu. Subestimei as pontas de cigarro que cobrem o chão numa segunda-feira. Hoje é Quarta, não é uma data a se comemorar (meio da semana) porém ainda sim ao olhar para trás vejo o tempo que passou. A cidade ainda vive na meia-noite, os murmúrios sagrados que soam como cochichos ou mantras. Tudo é perigoso (até nossa própria sombra) tudo nos dá medo, isso é a madrugada lá fora. O celular toca, eu atendo: - Alô? - Queria dizer que te amo! - Eu também - desligo o telefone satisfeito, o dia quinze deste mês (caiu num domingo) fora maravilhoso. Terça-Feira é o dia neutro, o mundo para para assistir alguma comédia televisiva. Depois de vários feriados (tudo indica que Quinta- Feira será mais um) ainda não me sinto revigorado, o cansaço ainda me têm como uma possessão, caio e durmo sempre que posso. Sexta- Feira, esta não será 13 mas ainda é cabalística. Gatos Pretos viajam nos muros e cantam seus versos em formas de miados, seria um soneto? Sábado é o dia da música e Domingo é o dia do amor.

23.2.09

Solilóquios deste feriado (II)

Tranco-me em casa quase como um animal selvagem, comprei as provisões que precisaria para sobreviver estes cinco dias. Minha televisão se mantém desligada, ainda liguei a mesma ontem de noite na esperança de ver o Oscar porém me arrependi e fui assistir algum filme. Busquei inspiração para tentar escrever algum texto porém o espectro de época tão festiva sonda a alma dos que odeiam tal época. Depois do Carnaval só o natal para me desagradar tanto! Criei um mundo paralelo, tento me manter longe de qualquer veículo informativo (infelizmente ainda tive que aturar a Internet). Procuro me esconder de tal folia e das máculas jogadas uns nos outros para sujar e imacular nossa vergonha de estar sujo. Me sinto num Bunker da 2ª Guerra Mundial. A parte boa disto tudo são os dias sem trabalho e a chuva que não parou dês de que o carnaval começou. Minha alegria está neste fenômeno da natureza que me alegra tanto! Fujo da festa, fujo da folía Dizem que tudo isto é loucura minha Fujo da Maizena, fujo do conféti Cinco dias como um pequeno teste Cinco dias! Porém dois já foram Não posso negar que descanso Os vizinhos outros caminhos tomam Dias que passam dum jeito manso! Espero, ouvindo minhas músicas, pacientemente Tudo que estiver entre o finalmente e o somente Leio palavras ditas pelos antigos pensadores Jeito de passar estes quatro dias (e suas dores).

Dadaísmo, puro Dadaísmo

Acordo me sentindo o próprio Salvador Dali, as vezes gostaria que Freud estivesse vivo para que possa lhe contar sobre meu sonho. Vejo as horas... A chuva bate com violência em minha janela, o sol não nascera e se o mesmo planejasse isto hoje, às águas de Fevereiro empediriam. Infelizmente o filme do qual eu torcera para ganhar o Oscar não ganhou (estranho caso de Beijamim Button) como o diretor do mesmo (que sou fã des de o Clube da Luta) também não levou a conjurada estatueta para casa. Penso em minha hipocrisía, eu não deveria torcer para um prémio falso como o Oscar (Chaplin, o rei, ganhou apenas um) e também vejo que os verdadeiros merecedores nunca irão ganhar um Oscar. Estamos exatamente no meio do carnaval, dois dias já se foram e nos restam mais três e meio... Solilóquios sobre este período ainda virão porém me contento apenas em estar escrevendo durante esta breve insônia. Se pudesse pintar faria uma pintura surrealista, posso criar uma poesia surrealista mas prefiro ainda ouvir a sinfônia clássica da chuva que me cai na janela.

19.2.09

Ensaio sobre a enchente

Sim, este sentado sou eu. A indagação fica: Será que Rhuan Rousseau, este que vos fala, está observando o mar? A profecia se tornara realidade e o sertão virou mar!? Ou as ruas estão demasiadas sujas que impedem que a água desça pelos bueiros? Quem escolheu a terceira opção acertou!!!!!! Sim, este é o centro da cidade de Fortaleza, para ser mais exato esta é a rua General Sampaio e estou no meu local de trabalho, o Cantinho do Livro. Isso acontece toda vez que cai uma pequena chuva (ela não precisa ser muito forte) por que infelizmente a população não tem um pingo de educação. A pergunta que aparece é: "Por que cargas d'água ele não está culpando o governo como todos nós fazemos?" Simplesmente por que vejo todos os dias um mini caminhão de lixo colher o devido lixo, vejo todos os dias nossos queridos Garis (do qual respeito mais a profissão deles do que de muitos por ai que sujam a cidade) limpando ortodoxamente as ruas. São estas pequenas coisas que tais retinas fatigadas observam... Nosso governo é culpado de muitas coisas que acontecem por aí, mas como diria mestre Sócrates "Todo povo tem o governo que merece" e provavelmente temos o governo que nós merecemos. Somos Corruptos de berçário! Somos malandros, furamos filas, vendemos nossos votos, pedimos por democracia mas não cobramos nossos direitos... Então todo o lixo que enfiamos goela a baixo de um bueiro voltará para nós em forma de enchente. Enquanto isso, este que vos fala observa atentamente as embarcações passarem pela rua onde situa-se a loja que ele trabalha...

15.2.09

Domingo...

Hoje é domingo, o dia do nada! Nada passa na TV. Hoje é domingo, sem nenhuma palavra Nada irá acontecer. Domingo é dia de sol Porém chove e eu adoro! Olho pela minha janela de onde estou Hoje é domingo! Sinal de agouro! Nada de importante do qual, tenha alguma importância Nada de importante que nos venha lembrar Domingo cai e me vem aquela velha ânsia Domingo, dia em que a Terra para Domingo, o feriado do tédio Domingo, dia da felicidade rara

13.2.09

Crise, que crise?

Que grande Ironia! As fronteiras fechadas de lá para cá, "estadounidenses" viajando em porta-malas de carros velhos a caminho da terra prometida: o Brasil. A família Wineman chega ao território brasileiro e procura emprego (sob o status de imigrante ilegal). As coisas também não são boas para o lado mexicano do ser. Quem diria que o Perna-longa estaria pedindo emprego para o Ligeirinho.Balança a formosa bandeira dos Estados Unidos! Balança como toda a econômia mundial. Bem, entre os risos e as unhas roídas de toda uma sociedade podemos ver que já começaram a roer os dedos e os seus respectivos ossos. Pergunto-me se algum terrorista Islã ainda não teve a grandiosa idéia de um ataque? Parece que o glorioso palco de mentiras está encerrando as atividades e os atores foram brutalmente despedidos. Moulin Rouge agora terá que ser encenado como teatro de rua.Lembro da família Owen que ganhava um dollar por dia nas Fabulosas fabricas da FORD, bem a familia Owen foi despedida e o dono da FORD hoje ganha um dolar. O mundo seria injusto ou eu ando irônico demais?Dou risadas de internet. O mundo que conhecemos está indo a direção de um grande buraco e tudo foi movido por forças que jogaram poker com um dinheiro que não podiam ter gasto. Alguns dão risadas, outros estão chorando e outros falam "crise, que crise?"Alias, "crise, que crise" tem 13 letras.

WWW. QUEM SOU EU.COM.BR

Palavras pitorescas em papel digital Falar "eu te amo" a uma máquina é tão bizarro Tenho um contato direto com meu "eu" virtual Como Adão, tambem me contaram que vim do barro Toda palavra virou postagem Toda poesia é apenas devaneio tolo Agora sem sair de casa você pode fazer uma viagem Ou pesquizar (por que não?) uma receita de bolo Agora tenho mais amigos virtuais Minha página do Orkut é meu alter-ego Agora me diverte as coisas que não são reais www. Quem sou eu.com.br Pergunto a um Internet Explorer qualquer O corretor automático impede que eu erre!

Prólogo (um pequeno solilóquio sobre acontecimentos... nada importante)

Os tambores do carnaval soam! Entre o confete e as espumas que estupram nossa imaculada seriedade... O carnaval é tempo de se parecer ridículo. Observei uma festa destas a distância, não sou fã de aglomerações e nem de folía, tambem não sou fã da música deles porém sou um observador (ando meio narcisista) e olhando os movimentos infiro algumas opiniões que talvez possam ser escutadas, lidas, entendidas e criticadas; por que não? Um tempo atrás a insônia me atacou, acordei em meio da madrugada e ví a notícia que um jovem de 13 anos tivera um filho com uma menina de 15. Um caso da Inglaterra. Antes disto, creio que uns dois ou três dias antes, ví a notícia que os jovens andam usando drogas cada vez mais cedo (a média de 13 anos aqui no Brasil). Enfim, espero a noticia que uma gangue composta de recém nacidos saquearam uma loja de brinquedos ou um garotinho de 4 anos mantem refém um papai noel e se suas exigências não forem concluidas ele dará cabo do papai noel. Repousei o copo sobre a mesa, estara vazio e este vazio imitava o vazio que meu bolso iria ficar após pagar a devida conta. Tudo pago andei em meio a algazarra tomando o devido cuidado para não ser atingido pelas espumas e maizenas que eram lançadas ao quatro ventos. Tocava um frevo, música devidamente brasileira, porém não me agradava, estava de mal-humor, sempre estou mal-humorado. Muitos sorriam em minha volta, muitos dançavam e muitos estavam vestidos de mulher (do qual não eram devidamente mulheres). Cruzei aquele mar de gente ileso, fora burrice tentar sair daquela onda de sujeira sem se sujar porém consegui tal proeza muito bem! Lembro que ainda teremos os quatro dias pela frente, dias e dias e dias e dias! Fico feliz por ficar no ócio que tanto me alegra! Ouvirei músicas como Joy Division, Baobä estereo group e algum Jazz, pretendo terminar de ler meu livro do Carlos Drummond de Andrade neste meio termpo, pretendo ler as notícias e lembrar que o tempo de ócio acaba a cada segundo. Acordo! Olho o relógio: 4:32 da manhã... Apartir daí não dormirei mais. Ligo uma musica para tentar acalmar, eu estava sonhando com algo que não lembro... Levanto-me e bebo um copo com água. Preparo-me para tomar um banho revigorante já que não voltarei ao mundo de Freud, enquanto isso a tv vomita as notícias.