23.2.09

Solilóquios deste feriado (II)

Tranco-me em casa quase como um animal selvagem, comprei as provisões que precisaria para sobreviver estes cinco dias. Minha televisão se mantém desligada, ainda liguei a mesma ontem de noite na esperança de ver o Oscar porém me arrependi e fui assistir algum filme. Busquei inspiração para tentar escrever algum texto porém o espectro de época tão festiva sonda a alma dos que odeiam tal época. Depois do Carnaval só o natal para me desagradar tanto! Criei um mundo paralelo, tento me manter longe de qualquer veículo informativo (infelizmente ainda tive que aturar a Internet). Procuro me esconder de tal folia e das máculas jogadas uns nos outros para sujar e imacular nossa vergonha de estar sujo. Me sinto num Bunker da 2ª Guerra Mundial. A parte boa disto tudo são os dias sem trabalho e a chuva que não parou dês de que o carnaval começou. Minha alegria está neste fenômeno da natureza que me alegra tanto! Fujo da festa, fujo da folía Dizem que tudo isto é loucura minha Fujo da Maizena, fujo do conféti Cinco dias como um pequeno teste Cinco dias! Porém dois já foram Não posso negar que descanso Os vizinhos outros caminhos tomam Dias que passam dum jeito manso! Espero, ouvindo minhas músicas, pacientemente Tudo que estiver entre o finalmente e o somente Leio palavras ditas pelos antigos pensadores Jeito de passar estes quatro dias (e suas dores).

Dadaísmo, puro Dadaísmo

Acordo me sentindo o próprio Salvador Dali, as vezes gostaria que Freud estivesse vivo para que possa lhe contar sobre meu sonho. Vejo as horas... A chuva bate com violência em minha janela, o sol não nascera e se o mesmo planejasse isto hoje, às águas de Fevereiro empediriam. Infelizmente o filme do qual eu torcera para ganhar o Oscar não ganhou (estranho caso de Beijamim Button) como o diretor do mesmo (que sou fã des de o Clube da Luta) também não levou a conjurada estatueta para casa. Penso em minha hipocrisía, eu não deveria torcer para um prémio falso como o Oscar (Chaplin, o rei, ganhou apenas um) e também vejo que os verdadeiros merecedores nunca irão ganhar um Oscar. Estamos exatamente no meio do carnaval, dois dias já se foram e nos restam mais três e meio... Solilóquios sobre este período ainda virão porém me contento apenas em estar escrevendo durante esta breve insônia. Se pudesse pintar faria uma pintura surrealista, posso criar uma poesia surrealista mas prefiro ainda ouvir a sinfônia clássica da chuva que me cai na janela.

19.2.09

Ensaio sobre a enchente

Sim, este sentado sou eu. A indagação fica: Será que Rhuan Rousseau, este que vos fala, está observando o mar? A profecia se tornara realidade e o sertão virou mar!? Ou as ruas estão demasiadas sujas que impedem que a água desça pelos bueiros? Quem escolheu a terceira opção acertou!!!!!! Sim, este é o centro da cidade de Fortaleza, para ser mais exato esta é a rua General Sampaio e estou no meu local de trabalho, o Cantinho do Livro. Isso acontece toda vez que cai uma pequena chuva (ela não precisa ser muito forte) por que infelizmente a população não tem um pingo de educação. A pergunta que aparece é: "Por que cargas d'água ele não está culpando o governo como todos nós fazemos?" Simplesmente por que vejo todos os dias um mini caminhão de lixo colher o devido lixo, vejo todos os dias nossos queridos Garis (do qual respeito mais a profissão deles do que de muitos por ai que sujam a cidade) limpando ortodoxamente as ruas. São estas pequenas coisas que tais retinas fatigadas observam... Nosso governo é culpado de muitas coisas que acontecem por aí, mas como diria mestre Sócrates "Todo povo tem o governo que merece" e provavelmente temos o governo que nós merecemos. Somos Corruptos de berçário! Somos malandros, furamos filas, vendemos nossos votos, pedimos por democracia mas não cobramos nossos direitos... Então todo o lixo que enfiamos goela a baixo de um bueiro voltará para nós em forma de enchente. Enquanto isso, este que vos fala observa atentamente as embarcações passarem pela rua onde situa-se a loja que ele trabalha...

15.2.09

Domingo...

Hoje é domingo, o dia do nada! Nada passa na TV. Hoje é domingo, sem nenhuma palavra Nada irá acontecer. Domingo é dia de sol Porém chove e eu adoro! Olho pela minha janela de onde estou Hoje é domingo! Sinal de agouro! Nada de importante do qual, tenha alguma importância Nada de importante que nos venha lembrar Domingo cai e me vem aquela velha ânsia Domingo, dia em que a Terra para Domingo, o feriado do tédio Domingo, dia da felicidade rara

13.2.09

Crise, que crise?

Que grande Ironia! As fronteiras fechadas de lá para cá, "estadounidenses" viajando em porta-malas de carros velhos a caminho da terra prometida: o Brasil. A família Wineman chega ao território brasileiro e procura emprego (sob o status de imigrante ilegal). As coisas também não são boas para o lado mexicano do ser. Quem diria que o Perna-longa estaria pedindo emprego para o Ligeirinho.Balança a formosa bandeira dos Estados Unidos! Balança como toda a econômia mundial. Bem, entre os risos e as unhas roídas de toda uma sociedade podemos ver que já começaram a roer os dedos e os seus respectivos ossos. Pergunto-me se algum terrorista Islã ainda não teve a grandiosa idéia de um ataque? Parece que o glorioso palco de mentiras está encerrando as atividades e os atores foram brutalmente despedidos. Moulin Rouge agora terá que ser encenado como teatro de rua.Lembro da família Owen que ganhava um dollar por dia nas Fabulosas fabricas da FORD, bem a familia Owen foi despedida e o dono da FORD hoje ganha um dolar. O mundo seria injusto ou eu ando irônico demais?Dou risadas de internet. O mundo que conhecemos está indo a direção de um grande buraco e tudo foi movido por forças que jogaram poker com um dinheiro que não podiam ter gasto. Alguns dão risadas, outros estão chorando e outros falam "crise, que crise?"Alias, "crise, que crise" tem 13 letras.

WWW. QUEM SOU EU.COM.BR

Palavras pitorescas em papel digital Falar "eu te amo" a uma máquina é tão bizarro Tenho um contato direto com meu "eu" virtual Como Adão, tambem me contaram que vim do barro Toda palavra virou postagem Toda poesia é apenas devaneio tolo Agora sem sair de casa você pode fazer uma viagem Ou pesquizar (por que não?) uma receita de bolo Agora tenho mais amigos virtuais Minha página do Orkut é meu alter-ego Agora me diverte as coisas que não são reais www. Quem sou eu.com.br Pergunto a um Internet Explorer qualquer O corretor automático impede que eu erre!

Prólogo (um pequeno solilóquio sobre acontecimentos... nada importante)

Os tambores do carnaval soam! Entre o confete e as espumas que estupram nossa imaculada seriedade... O carnaval é tempo de se parecer ridículo. Observei uma festa destas a distância, não sou fã de aglomerações e nem de folía, tambem não sou fã da música deles porém sou um observador (ando meio narcisista) e olhando os movimentos infiro algumas opiniões que talvez possam ser escutadas, lidas, entendidas e criticadas; por que não? Um tempo atrás a insônia me atacou, acordei em meio da madrugada e ví a notícia que um jovem de 13 anos tivera um filho com uma menina de 15. Um caso da Inglaterra. Antes disto, creio que uns dois ou três dias antes, ví a notícia que os jovens andam usando drogas cada vez mais cedo (a média de 13 anos aqui no Brasil). Enfim, espero a noticia que uma gangue composta de recém nacidos saquearam uma loja de brinquedos ou um garotinho de 4 anos mantem refém um papai noel e se suas exigências não forem concluidas ele dará cabo do papai noel. Repousei o copo sobre a mesa, estara vazio e este vazio imitava o vazio que meu bolso iria ficar após pagar a devida conta. Tudo pago andei em meio a algazarra tomando o devido cuidado para não ser atingido pelas espumas e maizenas que eram lançadas ao quatro ventos. Tocava um frevo, música devidamente brasileira, porém não me agradava, estava de mal-humor, sempre estou mal-humorado. Muitos sorriam em minha volta, muitos dançavam e muitos estavam vestidos de mulher (do qual não eram devidamente mulheres). Cruzei aquele mar de gente ileso, fora burrice tentar sair daquela onda de sujeira sem se sujar porém consegui tal proeza muito bem! Lembro que ainda teremos os quatro dias pela frente, dias e dias e dias e dias! Fico feliz por ficar no ócio que tanto me alegra! Ouvirei músicas como Joy Division, Baobä estereo group e algum Jazz, pretendo terminar de ler meu livro do Carlos Drummond de Andrade neste meio termpo, pretendo ler as notícias e lembrar que o tempo de ócio acaba a cada segundo. Acordo! Olho o relógio: 4:32 da manhã... Apartir daí não dormirei mais. Ligo uma musica para tentar acalmar, eu estava sonhando com algo que não lembro... Levanto-me e bebo um copo com água. Preparo-me para tomar um banho revigorante já que não voltarei ao mundo de Freud, enquanto isso a tv vomita as notícias.