2.4.09

O medo e o espelho

As palavras se repetem em um gélido sibilar O medo que sai da garganta se prende ao sentido O verbo conjugado está na ação do falar No presente, voar e ter a sensação de nunca ter partido E no escuro do canto da alma Nos olhos frios da noite Fim de festa, bate palma O vento uiva aos montes Nas palavras me perco É madrugada e não sei o que fazer Deste inteiro todo, tenho um terço O medo não existe mas teimo em temer Me olho e imagino um infinito, finito Minha alma cheira vinho tinto Cambaleio e caio nos meus pensamentos inconsequentes Sei que quando olho no espelho digo "tu mentes" Dou um sorriso Olho o fim O fim chega Lentamente, assim...

Um comentário:

Rayra Costa disse...

muito muito muito legal ;D