Rosa dos ventos que bate e voa Palavras que feitas para rimar atuam Ventos que vive e que me impeça que morra Atores que estão aqui para cantar lutam Quero correr o palco é infinito Mostro minha face feliz mostro minha face triste Faço um teatro sobre todo meu íntimo Conto uma palavra que voa e insiste O palco é infinito como o amor O palco é infinito como o céu O palco é infinito como a dor O palco é a vida de um ser O palco é a vida dum ator dum cantor O palco é viver ou morrer
19.5.09
Soneto do trabalhador
Nas ruas sujas da cidade grande
Nas mãos sujas dos meninos de rua
Não importa por onde ande
Nem quantos buracos você pula
Nos ônibus que pegamos
Em pé indo e voltando
Um pai-nosso rezado quando chegamos
Um café rápido e ir saindo
A carne que dói em torno de mais um dia
Os problemas surgem sem pedir para entrar
O sol que se põe, a noite que tardia!
O trabalho massante por um pequeno salário
O suor do rosto que faz o pão de cada dia
O fim do dia, o fim do calvário
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